Circular e Agenda do Bispo

Circular de Julho 2024

Prezados (as) irmãos e irmãs,

Prosseguindo nossas reflexões sobre a oração – neste ano dedicado a ela, por determinação do Papa Francisco – vamos neste mês tratar da adoração, que pode significar uma forma de oração, mas, na verdade, é o fundamento de toda oração.

Adorar é reconhecer que a transcendência e a santidade de Deus são dignas de todo respeito e reverência, da nossa submissão e confiança. É reconhecer a dependência que todas as coisas têm de Deus e que, por ser Deus, transcende qualquer outro ser, segundo toda possibilidade possível (S. Tomás).

No diálogo de Jesus com a samaritana, Jesus afirma que chegou a hora “em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade; pois são estes os adoradores que o Pai procura” (Jo 4,23).  Interrogado pela samaritana sobre o local onde se deve adorar a Deus (Jerusalém ou no monte Gerizim), Jesus relativiza o lugar, mas não a adoração. A adoração será sempre a atitude base da virtude da religião que nos leva a reconhecer a absoluta transcendência de Deus e a nossa dependência Dele.

Em outubro do ano passado, na celebração eucarística no fim da Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, o Papa Francisco falou sobre a adoração:

“O primeiro verbo: adorar. Amar é adorar. A adoração é a primeira resposta que podemos oferecer ao amor gratuito, ao amor surpreendente de Deus. A maravilha própria da adoração é essencial na Igreja, sobretudo neste tempo em que perdemos o hábito da adoração. De fato, adorar significa reconhecer na fé que só Deus é Senhor e que, da ternura do seu amor, dependem as nossas vidas, o caminho da Igreja, as sortes da história. Ele é o sentido do nosso viver. Ao adorá-Lo, redescobrimo-nos livres.” (Papa Francisco, Homilia, 29-10-23).

Só Deus deve ser adorado ( Mt 4,10; Lc 4,8; cf. 1Cor 14,24; Hb 11,21; Ap 4,10). A adoração é devida somente ao Deus pessoal e presente, portanto o “adorar” é frequentemente ligado ao “cair por terra” (Mt 2,11; 4,9; At 10,25; 1Cor 14,25; Ap 4,10; 5,14), é sinônimo de prostrar-se. Diante da infinita santidade de Deus, nós reconhecemos que a única atitude digna dele é de prostrar-nos, reconhecendo a nossa absoluta pequenez e a extrema necessidade que temos do seu amor.

No Novo Testamento a adoração se estende também à pessoa do Filho. No Apocalipse a adoração está presente na liturgia celeste, sempre unida ao gesto de prostrar-se diante de Deus e do Cordeiro, unida ao hino e louvor e também à oferta das coroas dos santos, em sinal de máxima veneração (cf. Ap 9, 9-12)

Hoje a Eucaristia é objeto de um particular apreço em relação à adoração. O mistério eucarístico tornou-se o cume do culto, a fonte da santidade e a primeira escola da espiritualidade cristã, antes como fim de toda atividade da Igreja (cf. SC 10).

O Papa Francisco, ainda falando da adoração, diz: “Que a Igreja seja adoradora! Adore-se o Senhor em cada diocese, em cada paróquia, em cada comunidade! Porque só assim nos voltaremos para Jesus, e não para nós mesmos; porque só através do silêncio adorador é que a Palavra de Deus habitará as nossas palavras; porque só diante d’Ele seremos purificados, transformados e renovados pelo fogo do seu Espírito. Irmãos e irmãs, adoremos ao Senhor Jesus!” (Homilia, 29-10-23).

A Trindade é o Mistério divino a quem devemos tributar nossa adoração; pois o Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus! O Padre Jonas Abib dizia com muita propriedade: “Quem não adorar não vai aguentar!” Somente com a adoração superamos a tentação de fechar-nos em nós mesmos, e por meio dela podemos abrir-nos com estupor diante da presença de Deus que abarca todas as coisas. Peçamos a Deus que aprendamos a adorá-lo como fez Maria, que exclamava: “O Poderoso fez em mim maravilhas. Santo é o seu Nome!” (Lc 1,49).

 

Dom Milton Kenan Júnior

Bispo de Barretos

 

 

AGENDA EPISCOPAL

JULHO 2024

1 – Reunião dos Representantes da Pastoral Presbiteral do Sub-Regional RP2, em São José do Rio Preto, às 10h

3 – Encontro Provincial dos Bispos e Formadores de seminaristas, na Cúria Diocesana de Barretos, às 9h.

7 – Santa Missa pelos 40 anos da presença dos Padres de Jesus Sacerdote em Barretos, no Santuário Nossa Senhora do Rosário, às 19h.

9 a 12 – Retiro Espiritual para o Clero da Arquidiocese de Niterói

15 – Reunião com CPAE da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Barretos, às 20h

16 e 17 – Atualização do Clero, na Casa de Encontros “Dom Antônio M. Mucciolo” na Cidade de Maria em Barretos

19 – Reunião do Setor Família na Residência Episcopal em Barretos, às 20h

20 – Santa Missa com Crismas no Santuário de Nossa Senhora do Rosário em Barretos, às 19h30

22 a 25 – Retiro Espiritual para Oblatos de Cristo Sacerdote

26 – Santa Missa na Igreja Matriz da Senhora Sant´Ana em Ipuã, às 19h

27 – Santa Missa pelos 50 anos de sacerdócio do Pe. Édisson Pátaro, na Igreja Matriz S. Sebastião, em Guaíra, às 18h.

28 – Santa Missa de conclusão da Semana Missionária em Olímpia, às 9h.

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