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Sábado, 22 de abril de 2023

No meio do mar, de madrugada, numa pequena barca

Foto | No meio do mar, de madrugada, numa pequena barca

Essa travessia que fazemos na vida, do nascer ao término da fase terrena, é igualzinha àquela passagem em que os apóstolos estão a navegar, altas horas da noite, atravessando o mar de Tiberíades. A barca é pequena, as ondas são bravias e amedrontadoras, parece que vai afundar de vez.

É o que sentimos não só agora, no terceiro milênio, na atualidade, mas creio que não houve época em que a situação fosse melhor. É lógico que tem muita gente boa, generosa, prestativa, solidária por todos os lados; mas também é verdade que há pessoas endemoniadas, gente do mal, bandidos às claras e às ocultas, hackers golpistas e tantos exploradores de vários tipos, que não só assustam a todos, mas partem mesmo pra violência, agressões, sequestros e tráficos de drogas e de pessoas, assassinatos etc, em uma vida de crimes, além de guerras intermináveis que provocam destruições materiais e humanas. Então estamos como aqueles discípulos, a navegar na escuridão, sem saber se vamos chegar ao destino.

Estamos abandonados? Não. O Senhor vem ao nosso encontro, poderoso e misericordioso, por sobre estas águas e ventos tempestuosos, para nos salvar. Ressuscitado, está à direita do Pai com todo poder, mas caminha conosco na estrada da vida, como fez com os discípulos de Emaús, que estavam aflitos, angustiados, desanimados. Jesus caminhou com eles, ouviu-os, explicou-lhes o sentido da vida, os projetos divinos, fez os seus corações arderem de Fé e Esperança, entrou na casa deles, sentou-se à mesa, e os alimentou, servindo-lhes a Eucaristia.

É assim o nosso Deus. Um Deus da Vida, um Deus que sacia, que preenche. É companheiro, compassivo, não quer que ninguém se perca, e vai em busca dos que erram porque é misericordioso infinitamente.

A Igreja, o Povo de Deus, mãe carinhosa, é onde seus filhos se agrupam rotineiramente, de preferência nos primeiros dias da semana, enquanto vivem essa Passagem (Páscoa) pelo Mar Vermelho da fase terrena, num êxodo cheio de Esperança fugindo da escravidão do Mal para a liberdade gloriosa e eterna nos braços de Deus.

Por: Diácono J. P. Lombardi
Diácono J. P. Lombardi

Sobre o autor:

Diácono permanente da Diocese de Barretos, ordenado aos 10/08/2012. Jornalista com curso superior em Comunicação Social.

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