A Diocese de Barretos viveu neste domingo (08/06) mais um momento marcante do Jubileu da Esperança com a segunda grande celebração jubilar: a Festa da Unidade, celebrada na Solenidade de Pentecostes, dia do padroeiro diocesano, o Divino Espírito Santo.
Às 16h20, foi feita uma recordação da vida diocesana com a presença do clero e a exibição de um vídeo que relembrou a última edição da Festa da Unidade. Em seguida, os jovens da diocese, juntamente com o Setor Juventude, realizaram apresentações animadas, clamando pela presença do Espírito Santo neste dia tão especial.
A tarde foi marcada por grande alegria, fé e comunhão entre centenas de fiéis vindos de diversas paróquias e cidades da diocese. A concentração teve início às 15h, com acolhida festiva ao som da banda Filhos da Promessa, que conduziu a animação e os louvores iniciais.
Momentos de oração prepararam os fiéis para a Santa Missa: a súplica mariana, a acolhida do andor do Divino Espírito Santo e de Nossa Senhora de Pentecostes, a entrada da Cruz Jubilar e os ritos iniciais deram o tom espiritual da celebração.


“Recebei o Espírito Santo” – A homilia de Dom Milton
A Santa Missa foi presidida por Dom Milton Kenan Júnior, bispo diocesano, que em sua homilia destacou o significado profundo da presença do Espírito Santo na vida da Igreja e de cada fiel.
Dom Milton iniciou lembrando a cena evangélica em que os discípulos, fechados por medo, são surpreendidos pela presença de Jesus ressuscitado. Ele os saúda com a paz, sopra sobre eles e diz: “Recebei o Espírito Santo”. Segundo o bispo, essa mesma realidade se repete hoje em nossas vidas: o Espírito Santo é quem dissipa nossos medos, renova nossas forças e nos sustenta no caminho do testemunho cristão.
“O sopro de Jesus recria, transforma e fortalece. Sem o Espírito, os apóstolos não teriam coragem de continuar a missão. Com Ele, somos capazes de atravessar portas fechadas e anunciar com ousadia”, afirmou Dom Milton.
O bispo também comentou sobre a narração do Pentecostes em Atos dos Apóstolos, onde os discípulos recebem o Espírito Santo em forma de vento e fogo, capacitando-os a falar e serem compreendidos por todos. Ele destacou que esse dom é a imagem da Igreja missionária, que deve sair de si e falar uma linguagem que toque os corações das pessoas de hoje.
Em tom reflexivo, Dom Milton mencionou os dados do recente censo religioso, que apontam uma diminuição no número de católicos no Brasil. No entanto, ele reforçou que mais importante do que números é a fidelidade ao Evangelho: “Nossa missão não é buscar adeptos, mas viver e anunciar com autenticidade o Evangelho, como fizeram os Apóstolos naquela manhã de Pentecostes”.
Ao final, inspirando-se nas palavras do Papa Francisco, Dom Milton exortou os fiéis: “Deixemo-nos tocar pelo Espírito Santo! Que Ele nos liberte do medo e gere Cristo em nós, assim como fez com Maria”.

Celebração repleta de beleza e emoção
A liturgia foi enriquecida pela música do Coral Diocesano Paráclito e sua orquestra, que emocionou os presentes com um repertório preparado especialmente para a Festa da Unidade.
Ao final da celebração, os fiéis saíram fortalecidos na fé, renovados pelo Espírito Santo e conscientes de seu papel missionário na Igreja e no mundo. O Jubileu da Esperança continua sendo um tempo de graça para toda a Diocese de Barretos, e Pentecostes foi mais uma prova viva de que o Espírito renova todas as coisas.
